A nova vida de Joel Marques Cunha, o português que quer vencer o The Voice da Alemanha

Joel está a viver o sonho. Depois de ter brilhado nas duas primeiras fases - provas cegas e 'batalhas' - da 13.ª temporada do The Voice da Alemanha, o português de 26 anos que reside em Differdange desfruta agora de um momento de fama.

Para o jovem cantor, tem sido uma fase "especial", disse em nova entrevista ao Contacto. "Não estava à espera de chegar tão longe. É um privilégio. Sempre disse que iria aproveitar ao máximo cada oportunidade que me dessem. Quero mostrar às pessoas que faço música com paixão".

O feedback tem sido muito positivo e chega de todo o lado, tanto da família em Portugal, como dos portugueses no Luxemburgo. E de outros países, até da América do Sul. "Muitas pessoas têm apoiado o meu percurso. Também na Alemanha, claro. Há apoiantes da Colômbia ou do Brasil que me escrevem nas redes sociais. As pessoas já me veem mais como artista. Esse é o objetivo", assumiu.

Em Differdange, Joel sente que algumas pessoas já o reconhecem, mas nunca o abordaram na rua.

Ficou "chocado" quando venceu a batalha

Ainda na ressaca do episódio transmitido há duas semanas na televisão alemã, em que foi exibida a 'batalha' com o jovem Marc Altergott, de 16 anos, o português recorda como foi a preparação do duelo. “Quando soube com quem ia cantar, percebi que ia ser duro. Por outro lado, fiquei contente, porque sabia que íamos cantar aquela canção ao máximo e que seria um momento bonito, para mais tarde recordar".

Joel e Marc, concorrentes da equipa dos gémeos Bill e Tom Kaulitz, da banda alemã Tokio Hotel, subiram ao palco para interpretar o tema "Impossible" de James Arthur. A atuação foi um sucesso, recebendo uma ovação do júri e do público. "Arranjámos a canção para que cada um tivesse o seu momento, mas ao mesmo tempo fazer um dueto. Não fazer uma batalha, porque às vezes isso estraga as canções. E os mentores escolheram bem a música. Era o meu estilo, com uma boa onda", revelou o artista.

No final, os jurados comentaram sobre a atuação e disseram qual dos concorrentes preferiram. Quando percebeu que os dois primeiros estavam mais inclinados para o Marc, Joel pensou que a sua participação no programa ia ficar por ali. "Mas tive um bom momento e as pessoas gostaram. Outro mentor disse que me preferiu. Quando o Bill e o Tom me escolheram, fiquei um pouco chocado. Estava contente, claro, mas o Marc também tinha feito uma atuação incrível. Depois, quando disseram que ele também passou, fiquei mesmo contente e pude aproveitar e viver aquele momento".

Além da amizade que criou com Marc, o português também gostou de conhecer os outros concorrentes da sua equipa, que descreve como pessoas "muito abertas" e que o inspiram. "Estava rodeado de talento e de pessoas brutais. Foi uma inspiração ver o que conseguem trazer para a indústria da música. Antes estava em casa e tentava escrever, mas desistia. Desde que estou rodeado de pessoas assim, é mais fácil escrever uma canção. É uma influência que me puxou a fazer música".

Próximo desafio são as "cadeiras quentes"

A relação com os mentores Bill e Tom também tem sido positiva, conta Joel, deixando alguns elogios. “São muito fixes. Não mentem a dizer que está bom se não gostarem. Procuram os detalhes. Quando tivemos os ensaios, deram bons conselhos, de como mover em palco por exemplo. Estão sempre bem dispostos e têm sempre uma boa palavra a dizer. Isso já ajuda muito”.

A próxima fase do concurso são os 'sing-off'. Um concorrente de cada equipa vai cantar e sentar-se num dos 'hot seats', ou cadeiras quentes. Depois, um novo elemento de cada equipa canta e o público decide qual dos dois foi melhor, se o que está sentado na cadeira ou o que está no palco. E assim sucessivamente, até restarem os melhores dos nove elementos por equipa, que passam às meias-finais, transmitidas em direto.

O episódio com a nova atuação de Joel deverá ir para o ar na próxima sexta-feira, dia 10, às 20h15, no canal alemão Sat.1.