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Educação

Nesta escola de Differdange é possível escolher português como primeira língua

Num liceu onde 25% dos alunos têm passaporte português, é possível privilegiar este idioma no currículo.

© Créditos: Anouk Antony

Os alunos portugueses, lusodescendentes ou lusófonos que frequentem a Escola Internacional de Differdange-Esch (EIDE), e pretendam aprender português desde o ensino primário, podem escolhê-lo como primeira língua do seu currículo, referiu o ministro da Educação, que inaugurou na segunda-feira o novo edifício da escola.

“Se o português é a minha língua materna e, mais tarde, pretendo estudar a alta literatura em português, então escolho-o como primeira língua”, explicou Claude Meisch, citado pelo Luxemburger Wort

A língua principal escolhida pelos estudantes é aquela em que, em princípio, alcançarão um maior nível de fluência. Contudo, a língua portuguesa não está incluída no restante processo de escolarização da EIDE, que é realizado em francês, alemão ou inglês.

Apesar desta opção, “nem todas as crianças portuguesas escolhem português como primeira língua”, revela Gérard Zens, diretor da escola.

Alfabetização em português descartada

Aliás, não se prevê que num futuro próximo o português seja incluído no plano curricular. Segundo Claude Meisch, não existem planos para abranger a língua portuguesa na oferta de alfabetização, apesar de ter havido uma discussão em torno do tema com as autoridades portuguesas. O objetivo era encontrar soluções para reverter o insucesso escolar que atinge esta franja da população no sistema tradicional de ensino.

De acordo com o ministro, o Governo português acredita que o francês e, sobretudo, o inglês podem abrir muitas portas aos alunos lusos, já que “Portugal introduziu o inglês como primeira língua estrangeira há vários anos”, podendo facilitar a integração dos estudantes na secção anglófona da escola.

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Também a pensar na integração dos alunos no Grão-Ducado, a Escola Internacional de Differdange-Esch prevê o luxemburguês como língua obrigatória para todos os alunos do pré-escolar ao 9.º ano, que têm de frequentar duas aulas da disciplina por semana. A partir daí, a língua nacional torna-se facultativa.

Apesar de levar os seus nomes, a EIDE não está apenas aberta a alunos de Differdange e de Esch. Os pais de outras comunas também podem inscrever os seus filhos na escola. De facto, cerca de metade dos alunos são oriundos de comunas vizinhas, segundo Gérard Zens.